A poesia do palhaço.
O palhaço é um homem
Que chora da risada alheia,
Como se os que riem dele temessem
Ferir o artista da arte feia.
Eis que, para falar do belo,
Não precisa ser bonito:
Basta que, ao fazê-lo,
Não minta, eu insisto!
Aqui o palhaço chora e ri
Ao mesmo tempo,
Como um louco voltado para si,
Buscando a musa que eu contemplo.
O palhaço é o regente da poesia
E músico da própria orquestra: a fantasia.