SOL DAS MANHÃS

Macio como um xale de arminhos

Desliza sobre a pele teus beijos

Na manhã morna dos teus carinhos

Aos sois que nos acalentam desejos.

No vazio do meu colo aquecido

Liberas-me o perfume da saudade

No quanto pude te amar (in)contido

Em meus braços de amorosidades.

Ainda me lembro ao sol das manhãs

Florescendo em teu peito ternuras,

Misturadas ao perfume de hortelã

Ardendo nossas mãos de procuras,

Suaves, ternas, pequenas guardiãs

Das pontes ensolaradas de venturas!