Aos tempos idos...
A sete palmos eu irei com meu gemido,
E quero ungidos sonhos meus e minh’alma;
Quero a calma que ao momento faz sentido;
Meu passado desprendendo-se da vivalma.
Que enterrem o resto fétido de mim mesmo
Deixem a esmo meu passado de agonias,
Que tangido foi, à poesias...
Girem mundo manias minhas e me conformo.
Que os sonhos sobrevivam à eternidade
Não poderei imaginá-los na saudade
Serão sempre meu eterno conforto.
Minh’alma os guiará depois do eu morto.
E que os sonhos que não se completarem,
Juntem-se aos restos meus que aqui ficarem.
Josérobertodecastropalácio
(Teimoso na poesia, entretanto um aprendiz entre tantos poetas).