O Soneto

O soneto perdeu todo prestígio

de que ele desfrutava antigamente;

agora, a nova moda é tão somente

da arte apagar todo e qualquer vestígio.

Nessa gaiola de catorze versos,

na má definição dos modernistas,

deixaram-se prender os alquimistas,

gênios vindos de gêneros diversos.

É com Bocage, Antero e A dos Anjos,

Camões, Leoni, Bomfim e outros arcanjos,

mais Vinícius, Bilac e Cruz e Souza,

que nas alturas o soneto pousa.

E cada um e todos deixam sua marca

no panteão que é a arca de Petrarca.

(Dedicado ainda a Raimundo Correia, Glauco Matoso e Alphonsus Guimarães que não couberam no texto.)

luca barbabianca
Enviado por luca barbabianca em 04/09/2012
Reeditado em 16/09/2012
Código do texto: T3865842
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