Soneto em dueto - Dia de cada dia
Soneto em dueto
- Dia de cada dia
Fugidios carraras que correm minha fronte
São as marcas de que acordo cedo
Labuto todo dia sem medo
Mal posso observar por sobre os olhos o horizonte
-Deita-te sob meu colo terno após o dia
És minha mulher cansada em casa
De emprego na rua e também dona-de-casa
Mas que ainda assim consegue ser cingida
Pelo fulgor do amor o qual nos rodeia
pôr sobre a mesa a janta posta
tendo às nossas cabeças a luz que nos clareia
A noite densa e escura, na qual nada permeia
a não ser as crianças que teimam em deitar
Para que eu e a minha patroa tenhamos a hora de nos amar...