Raio, Relâmpago e Trovão

Saio na chuva e os ventos me recebem.

Projéteis de gotas ferem meu rosto.

Tentam me cerrar, mas me faço solto.

Não esperem em calmaria nem velem.

O relâmpago imortal mata a noite,

Enquanto o raio fende a atmosfera

E o trovão, impassível, fere as eras.

Fitam a mim num segundo de açoite.

A força que tu tens me tira a calma.

Caminho entre os três e me afagam.

Perfeita, a natureza não repete,

Pois vêem sua marca em minh'alma

Perto de ti, até os trovões se acabam

Se atire sobre mim e reverbere...

Paulo Fernando Pinheiro
Enviado por Paulo Fernando Pinheiro em 03/09/2012
Reeditado em 03/09/2012
Código do texto: T3864034
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.