Raio, Relâmpago e Trovão
Saio na chuva e os ventos me recebem.
Projéteis de gotas ferem meu rosto.
Tentam me cerrar, mas me faço solto.
Não esperem em calmaria nem velem.
O relâmpago imortal mata a noite,
Enquanto o raio fende a atmosfera
E o trovão, impassível, fere as eras.
Fitam a mim num segundo de açoite.
A força que tu tens me tira a calma.
Caminho entre os três e me afagam.
Perfeita, a natureza não repete,
Pois vêem sua marca em minh'alma
Perto de ti, até os trovões se acabam
Se atire sobre mim e reverbere...