A MORTE DO POETA

A MORTE DO POETA

Um verdadeiro poeta não morre!

Se sobreleva a todo sofrimento.

Ao deslizar, nas nuvens, vem, discorre

do que restou de si, em sentimento.

Todo poeta seu lavor percorre,

na eternidade, sem mostrar tormento,

de sua lavra, muita vez, decorre

a fantasia de um alheamento.

O bom poeta traça sua vida,

perpetuando, com marca aguerrida,

toda nobreza de um versejador...

Ao fazer versos, de forma sentida,

propala ao mundo toda verve haurida,

nas asas tênues de um sublime amor!

Olga Maria Dias Ferreira

Pelotas - RS

Orguiss
Enviado por Orguiss em 19/02/2007
Código do texto: T386372
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