A MORTE DO POETA
A MORTE DO POETA
Um verdadeiro poeta não morre!
Se sobreleva a todo sofrimento.
Ao deslizar, nas nuvens, vem, discorre
do que restou de si, em sentimento.
Todo poeta seu lavor percorre,
na eternidade, sem mostrar tormento,
de sua lavra, muita vez, decorre
a fantasia de um alheamento.
O bom poeta traça sua vida,
perpetuando, com marca aguerrida,
toda nobreza de um versejador...
Ao fazer versos, de forma sentida,
propala ao mundo toda verve haurida,
nas asas tênues de um sublime amor!
Olga Maria Dias Ferreira
Pelotas - RS