Aline e o demônio

A noite assusta é fria, escura e densa

À minha frente não enxergo nada

Minha cabeça dói, mas 'inda pensa

E assim pensando chega a madrugada.

Olha o relógio a hora é já chegada

Sua aparência é preocupada e tensa

Ela até pensa em desistir, mas nada

Pode impedir, a hora é já propensa.

Vestido branco, véu, buquê de flores

Pra consumar o estranho matrimônio.

Ela não pode mais conter as dores

Que roubam seu sorriso e seu sono.

"Deite na cova...", barro e abandono.

E lá se foram Aline e o demônio.

Weverthon Siqueira
Enviado por Weverthon Siqueira em 03/09/2012
Reeditado em 13/05/2024
Código do texto: T3862693
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