Aline e o demônio
A noite assusta é fria, escura e densa
À minha frente não enxergo nada
Minha cabeça dói, mas 'inda pensa
E assim pensando chega a madrugada.
Olha o relógio a hora é já chegada
Sua aparência é preocupada e tensa
Ela até pensa em desistir, mas nada
Pode impedir, a hora é já propensa.
Vestido branco, véu, buquê de flores
Pra consumar o estranho matrimônio.
Ela não pode mais conter as dores
Que roubam seu sorriso e seu sono.
"Deite na cova...", barro e abandono.
E lá se foram Aline e o demônio.