Soneto I
Meia Noite. A Senhora do céu noturno
Ilumina a alcova onde durmo inocente
E dos sonhos desperto languidamente
Um corpo ardente no quarto soturno
Nocente pra minh'alma é o Rei diurno
Que me faz desterrada entre minha gente
Refém do amor dum anjo indolente
Que me mata d'amor enquanto durmo
Sonho e delírio de cada madrugada
Anjo de volúpia que tanto desejo
Quero a teu lado romper a alvorada
Já não desejo apenas teu beijo
Quero que a aurora adamascada
Me encontre em teu prazer extasiada
Agosto/12 ...