EM TRANSE
EM TRANSE
(À título de comentário ao Soneto:
TUA ARINTA, de Fernando Cunha Lima,
postado no POESIA PURA)
Levaste-me a esquecer a minha idade
A transcender no tempo e a buscar
O Amor que estava a hibernar.
Levaste-me à minha mocidade.
E a paixão, que havia esfriado,
Como um fogo de monturo, ressurgiu
Esquentando o coração que, então, sentiu
Que o amor não havia terminado.
Um arrepio de prazer atinge a alma
Deste ser, que reage, acordando
Da letargia que o havia dominado
E os lábios, numa prece pura e calma,
Agradece por isso a ti, Fernando,
Este estado de transe inesperado.
Rosa Regis
Natal/RN - Brasil