Tempo de Sorrir
Pela luz da janela, vislumbro teus olhos a tocar-me
Sorrindo os mesmos me dizem que a aurora se pronunciou
As palavras mudas do olhar, tem o poder de calar-me
Os verões serão mais alongados, como o solstício anunciou
Que o pó do esquecimento, acumule nas palavras mal digeridas
Pois se é da poeira que se materializa o vento certeiro
As chamas que alimentam, jamais se formarão em feridas
Voa lufada, e leva pedaço de mim tal qual o mais fiel carteiro
O soluçar cadenciado, não mais pertence aquela garganta
Eis que mister é o amor, e qualquer fantasma espanta
As lacerações de outrora, cobertas estão pelas bandagens do sentir
E a crueza silenciosa, do manto noturno que aos ombros pesava
Deu lugar a uma nova era de intensidade, onde a luz extravasava
As flores que povoam os bosques, estão apenas por vir