DANDO À LUZ UM SONETO
Amo os meus versos ainda nem nascidos,
Que gestam neste meu peito apaixonado;
Gêmeos idênticos em rimas, tão sofridos,
A rimarem num só compasso... Alucinados.
Amo as palavras que por eles serão ditas,
Tão logo surjam do meu coração aberto;
Amo cada estrofe, pois nascerão bonitas,
Deixando este poeta mãe tão boquiaberto.
Amo os meus versos ainda nem nascidos,
Gêmeos idênticos em rimas, tão sofridos,
A rimarem num só compasso... Alucinados;
E, então vejo, em branco lençol, estendidos,
Os versos que tanto amo, tão bem nascidos,
Depois do parto...De um poeta apaixonado.