DANDO À LUZ UM SONETO

Amo os meus versos ainda nem nascidos,

Que gestam neste meu peito apaixonado;

Gêmeos idênticos em rimas, tão sofridos,

A rimarem num só compasso... Alucinados.

Amo as palavras que por eles serão ditas,

Tão logo surjam do meu coração aberto;

Amo cada estrofe, pois nascerão bonitas,

Deixando este poeta mãe tão boquiaberto.

Amo os meus versos ainda nem nascidos,

Gêmeos idênticos em rimas, tão sofridos,

A rimarem num só compasso... Alucinados;

E, então vejo, em branco lençol, estendidos,

Os versos que tanto amo, tão bem nascidos,

Depois do parto...De um poeta apaixonado.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 30/08/2012
Reeditado em 21/03/2022
Código do texto: T3857506
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