Ninguém!
Olhando pro começo do final
Vejo afinal, que do tempo resta pouco,
Tanto soco eu dei: irracional,
E a morte, imaterial, pedirá troco?
Loucos tempos em liberdade tal
Hoje madrigal, colando cacos,
Pouco a pouco fugindo do irreal
Ensossa, com sal, a vida e seus sufocos!
A vida segue e eu a procurar a paz
Que é o que me faz, agora, ir em frente
Sonhando meu mundo novo, diferente...
(De tudo que fiz, viver é o que me apraz).
Olho para trás saudoso da juventude...
Pois sei: Ninguém a tem amiúde!
Josérobertodecastropalácio