Ninguém!

Olhando pro começo do final

Vejo afinal, que do tempo resta pouco,

Tanto soco eu dei: irracional,

E a morte, imaterial, pedirá troco?

Loucos tempos em liberdade tal

Hoje madrigal, colando cacos,

Pouco a pouco fugindo do irreal

Ensossa, com sal, a vida e seus sufocos!

A vida segue e eu a procurar a paz

Que é o que me faz, agora, ir em frente

Sonhando meu mundo novo, diferente...

(De tudo que fiz, viver é o que me apraz).

Olho para trás saudoso da juventude...

Pois sei: Ninguém a tem amiúde!

Josérobertodecastropalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 30/08/2012
Reeditado em 28/03/2015
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