SONETO DE CARNAVAL
O que encobre essas faces mascaradas,
São aqueles momentos despercebidos,
E a gesticulação representada,
É a parte que reparte esse indivíduo.
E a superfície em que serão captadas
As sobras sensíveis ali contidas,
Por bem ou mal ali estão colocadas,
Sem causar dor, lhe provoca as feridas...
Para ser descoberta a identidade
De quem se posta à frente, mascarada,
Basta estar atento à facilidade
Que a falta de reflexos, provocada
Por fantasmas que bloqueiam liberdade,
Tudo se expõe, se vê, se curva ao nada.