SONETO DE CARNAVAL


O que encobre essas faces mascaradas,
São aqueles momentos despercebidos,
E a gesticulação representada,
É a parte que reparte esse indivíduo.

E a superfície em que serão captadas
As sobras sensíveis ali contidas,
Por bem ou mal ali estão colocadas,
Sem causar dor, lhe provoca as feridas...

Para ser descoberta a identidade
De quem se posta à frente, mascarada,
Basta estar atento à facilidade

Que a falta de reflexos, provocada
Por fantasmas que bloqueiam liberdade,
Tudo se expõe, se vê, se curva ao nada.


José Carlos De Gonzalez
Enviado por José Carlos De Gonzalez em 18/02/2007
Código do texto: T385603
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