Soneto do meu canto
 
Se meu canto é quase um pranto,
Só me resta é prantear...
Se com meu canto não encanto,
Pergunto-lhe: pra que cantar?
 
Um canto que a alma embala,
Sempre é feito pra encantar...
Porque é uma alma quem fala,
Pra outra alma escutar...
 
Quero ter a capacidade
De produzir o encantamento,
De fazê-la sorrir, ao recitar...
 
Que nos meus versos, até a saudade,
Lhe aponte, no firmamento,
Que a gente foi feita pra amar!