Bálsamo da Paz

Quando tudo se turva em nossa volta

como nuvens pesadas e sombrias,

abandono sentimos e revolta

a empanar o clarão de nossos dias.

Padecemos, assim, amargamente

envolvidos em triste solidão.

O vil mundo se torna indiferente,

fica mudo e ferido o coração.

Porém, sempre nos resta uma esperança

de que logo a borrasca se desfaz

vindo a doce quietude da bonança.

E um milagre supremo, então, se faz:

fogem brumas e nuvens de faiança,

sobre nós, desce o bálsamo da paz!

***

Maria de Jesus Fortaleza, 28/08/2012

Maria de Jesus
Enviado por Maria de Jesus em 28/08/2012
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