Bálsamo da Paz
Quando tudo se turva em nossa volta
como nuvens pesadas e sombrias,
abandono sentimos e revolta
a empanar o clarão de nossos dias.
Padecemos, assim, amargamente
envolvidos em triste solidão.
O vil mundo se torna indiferente,
fica mudo e ferido o coração.
Porém, sempre nos resta uma esperança
de que logo a borrasca se desfaz
vindo a doce quietude da bonança.
E um milagre supremo, então, se faz:
fogem brumas e nuvens de faiança,
sobre nós, desce o bálsamo da paz!
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Maria de Jesus Fortaleza, 28/08/2012