.:. Embriaguez poética .:.

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Ah, vida insana de maldades ébrias!

Chão etílico que elitiza o pensar...

Paladar voraz que urge das colmeias,

Distingue minha alma e faz levitar.

Quiseram ludibriar-me o pensamento,

Deram ao álcool o sabor da poesia...

Mas o transe da alma, meu pensamento,

Refugiou-se na verdade que nascia.

Das artérias pulsando em tom maior,

Por onde sangram as condoídas taças,

Ressoam as mordaças do ébrio destino.

Mas se a vida for gole de vinho e só,

Soltando monstros doentios e carapaças,

Prefiro o silêncio do verbo que primo.

Crato-CE, 27 de agosto de 2012.

16h08min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 28/08/2012
Código do texto: T3853052
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