DE ARMA BRANCA

Quão invisíveis as minhas tantas revoluções!

Não miro armas, também tampouco miro canhões,

Só me revolvo dentre meus tantos questionamentos

Somente a dor é munição aos meus movimentos.

Cá no meu peito me bombardeio numa chacina...

Aos vagos sonhos, meras quimeras das fantasias!

Nas cordas bambas, por entre o cerne da vaga razão

Malabarizo as ocultas faces... da solidão.

Mas com a poesia, então, me lanço ao céu acima

"Projétil- flores"... qual munição de brancas rimas!

Me sangro em versos qual o orvalho por sobre a flor...

E desabrocho da face oculta de todo o amor.

Revoluciono dentre o rescaldo deste meu tempo,

De arma branca eu me dissipo de encontro ao vento...