ARROGÂNCIA
Minh´alma lassidão que já senil
Não vê mais alegria por quão te ver?
Se em tua alma só agora enaltecer
O que outrora somente agora viu.
Diz-se mais limpa, mas tudo é carepa.
Todo instante destoar é o que mais sabe
E ao bradar bate o pé também increpa
Sobre o ser, a esquivança que desabe.
Conquanto que a lida continue
Mais uma vez a ti a desventura
Descontente impõe-se a criatura.
Olha pro horizonte e vê o que impera
Pois potestade ainda no instante
E, passa o tempo, nele inconstante.