Paraíso

Na treva indulgente que a pouco aflora;

Perco-me na fantasia de um sonho lindo!...

Viajo no arpejo, não quero mais embora;

Pois te vejo, tu estás, para mim, sorrindo!...

Na ilusão querida deste efêmero agora;

Fito tua luz que me guia concorde; – avindo!

Talvez não passe pelo austero da hora;

...e todo um desespero não esteja vestindo!...

E neste tempo que eu vago na esfera;

Ouço uma canção que diz; – Tu és bela!

Na voz do coração e do ardor infindo!...

Mas me perco de ti nesta ilustre sonata;

Desperto em plano terrestre sem serenata.

Esperando devaneio, do paraíso; – surgindo!...

(Airton Ventania)

Airton Ventania
Enviado por Airton Ventania em 27/08/2012
Código do texto: T3851142
Classificação de conteúdo: seguro