Whatever

Pensamento débil, fútil, pouco importa,

Pois vertente que deságua sem um rio

É fatia cuja faca já não corta,

Violeta fenecida pelo frio...

Minha mente - minha alma - só suporta

Vissitudes que permitam desvario.

Assim deixo, numa fresta, aberta a porta:

Liberdade pra criar até o vazio

Da poesia que se faça em linha torta,

Em silêncio, sem adorno ou atavio.

A que voa lá pro alto e, por um fio,

Não apaga, reaviva a chama morta

Como o sopro à labareda de um pavio.

Pensamento débil, fútil, pouco importa...