Doce Rapariga
Na beira do rio conheci uma donzela
Estava sentada; brincava co’a água
Que beijava os seus pés; enquanto ela,
Menina, ainda, sofria; discorria a mágoa,
Que guardava no coração virginal...
Os seus seios fogosos nunca que vira
Uma boca encostar-lhe; lamber-lhe; tal
Pureza fazia s’esquecer da vida...
As suas vestes transparentes, o sol quente,
Corpo suado, molhado, o desejo ardente
Dissecavam-me a alma; o olhar penetrante
Da rapariga mostrava-me quão farta
Era a sua vontade de amar: não, não parta!
E, sem nenhum pudor, se entregou ofegante...
Na beira do rio conheci uma donzela
Estava sentada; brincava co’a água
Que beijava os seus pés; enquanto ela,
Menina, ainda, sofria; discorria a mágoa,
Que guardava no coração virginal...
Os seus seios fogosos nunca que vira
Uma boca encostar-lhe; lamber-lhe; tal
Pureza fazia s’esquecer da vida...
As suas vestes transparentes, o sol quente,
Corpo suado, molhado, o desejo ardente
Dissecavam-me a alma; o olhar penetrante
Da rapariga mostrava-me quão farta
Era a sua vontade de amar: não, não parta!
E, sem nenhum pudor, se entregou ofegante...