NADA VEZES NADA
Ela combina bem com limusines
A dona tem glamur no corpo inteiro
Olho pra ela, ela olha as vitrines
Suspira por amor e por dinheiro
Eu sigo atrás, tão pobre e brasileiro
Passam sapatos, blusas e biquínis
Se ela me vê, desvio o olhar ligeiro
Pra banca de jornais e magazines
Mas ela põe o olhar superior
Sobre a figura deste Zé Mané
E me reduz a nada vezes nada
Mas acho que ela é filha de um doutor
E me olha perguntando “Ô meu, qual é”
Humilhando a minha alma apaixonada