O rodar da saia
Qual fagulhas de energia pelo ar,
- dançarinas leves, soltas, pitorescas -
desafio à gravidade, à brisa fresca,
nós dois fomos emitidos de um quasar.
Nuvenzinhas de poeira pelo chão
são do vento frio e forte que me encanta,
que me cobre de arrepios e que imanta,
num só quântum, meu amor em profusão.
Camponesa toma conta do meu ser,
roda a saia, molha os pés e segue o rito.
Água e ar são elementos que se estendem:
somos nós que temos asas pra correr
de mãos dadas rumo ao sul para o infinito.
Aves livres em gaiolas não se prendem...