Caiadura
Confesso em mim há temor, não nego
Sempre que me indagas amor o olhar
Ainda, por vezes, a pensar em ti me pego
Mas não seria assento, para se confiar
Temo por tuas juras, parecem se eternar
Que de paixão, a mim se torne maldade
Que em dores há-de me fazer lembrar
Que amor em ti não houve, brevidade
Temo em que se torne lastima ao meu ser
E assim fazeres de minha bela candura
Algo que me é peculiar de outrora, o sofrer
E assim há-de me ver em martírio naufragar
Tudo por uma uma inverdade, caiadura
Onde Tu amor dizias ser, não havia amar