A QUEM AMO
A quem amo, não posso ver mais.
Pois, se a vejotenho taquicardia, nudez
E simultaneamente estático, em vez
De soltar-me, fico e de nada sou capaz.
A quem amo, não posso ver mais.
Pois, se a vejo é na contra-mão "timidez"
E tudo desfavorável ao que se fez,
O meu amor de insolente e fulgaz.
Amar, como é ruim! É por demais...
Amar e não ser amado e ser fadado
A morrer, antes do tempo o pobre amor.
Se quem amo, que posso ver mais
Que morra eu teu fascínio, descanse em paz.
Que em meu peito, não aflore mais tal flor.
Amar sem ser amado