A velha fantasia não restou...
A velha fantasia não restou
Somente estes retalhos pelo chão,
Morreu na quarta feira; ilusão!
Um caso que nem mesmo desfilou.
Meu carnaval não viu passar o amor,
Vestiu-se tão somente em solidão,
Embriagou-se em tanta emoção,
Mas não viu, da colombina, nem a cor.
E agora o que fazer da vida só?
Deixar seguir ou desatar o nó,
Tentar fazer feliz o coração;
A sorte, essa caixinha de surpresa,
De vez em quando nos faz gentileza,
Fantasiando, assim, nossa razão.
Josérobertodecastropalácio
(Teimoso na poesia, entretanto um aprendiz entre tantos poetas).