AMOR E ÓDIO

Amor que minha alma incêndeia,

Enclausurado neste recinto de carne.

Afasta o ódio de mim, taga o carme

A voz de morte que ondeia.

Ódio, o caos do homem, tu semeias

Planta o inferno, despurifica a carne.

O amor que tenho no peito não arde,

Não dilacera, jamais mata, a alma não odeia.

Amo para fugir ao meu extremo,

Para nunca perceber o ódio que me acena

De alguma esquina da vida quando temo.

E mesmo assim, quando ando estranho,

Amo de um jeito meu todo ameno,

Para esquecer que odiei talvéz em sonho.

paulmark
Enviado por paulmark em 22/08/2012
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