Eu te amo meu amor!
Do longínquo largado, ao teu choro,
prestei ouvidos!...Airado plangor, que
em meu pensamento vaga, desnorteado
à tua procura!... Com clamor sem igual!...
Nasce a tesura infinita, entre dois corpos que
se amam, em tempo real!...bendita ternura
dos deuses, de fascínio magistral, apurado!...
Domínio palpável, de eterna e amável candura!...
Alvura e cura, inocência e brandura carente!
Mesura do amor, delicadeza e loucura abrangente.
— Ah, mas como é lindo escrever-te com louvor.
Tu és a poetisa do lirismo infindo!
Sinto teu frescor, teu fulgor ; – vivo pedindo! ...
— Ah, como eu te amo meu amor!
(Airton Ventania)