A dor de ser poeta.
O oceano imenso e profundo onde mergulho
Não é mais que um mar de pensamentos
Onde eu tento nadar em meio à água que engulo
E não desejo sair senão com lamentos.
Por que será que todos pensam a mesma coisa?
Como podem as pessoas viver as mesmas experiências?
Quem pode divergir, qual dentre eles ousa?
Eis que os loucos o fazem, embora, ainda, sem ciência.
Oh, dores que os loucos jamais sentiram,
Por que só os mortais os sentem,
Sois as dores causadas pelos que partiram.
Mas, quando partem o meu coração, as mulheres mentem,
Dizendo que me amam e que ficaram
Como eu: loucas porque não sentem.