SEDENTÁRIA VIDA SOLITÁRIA. soneto-195.
É mesmo sedentária essa vida solitária,
De horas tristes outras cheias de emoção,
Mesmo sem querer a saudade emissária,
Repentinamente, bomba o nosso coração.
Sufoca mesmo e o coração não tem saída,
Quando sem querer mergulha na solidão,
E a atroz melancolia atravanca-nos a vida,
Como se isso fosse o nosso único quinhão.
Assim bombardeado se abate o nosso ser,
Em mágoas desiludido é difícil ainda crer,
Por isso se acostuma com a negra solidão.
E se surge à chance de tal astral se livrar,
Frágil e extasiado não consegue se safar,
Incógnita mazela de desditoso coração.
Cosme B Araujo.
19/08/2012.