A FERA DA CORRUPÇÃO
A FERA DA CORRUPÇÃO
Estonteante visão do incrédulo suspense ameaça,
Encapado de grossa lã com capuz emendado,
Aparece bem perto abraço arremeda enredado,
Enlaçando o ar refletindo gestual da trapaça.
Justiceiro em perigo cambaleia tropeça e cai,
E agora? Morto quebrado está, ou finge tal feito,
A burla ganhando no método com seu defeito,
Ou artimanha por sorte engana, ilude e vai.
Bem ao lado do furacão que enrolando esfola,
A sociedade exaurida na submissão espera,
Um alguém limpo que se esmera liquidando a fera.
Das falcatruas duras e cruas da leva peçonhenta,
O fim esperado dos bandidos depauperados,
Nunca mais o adeus ao justiceiro dos injuriados.