COM O PASSAR DO TEMPO
Aos auspícios da noite, ingrata musa,
Doutos fantasmas vêm bater-me à porta...
São ilusões perdidas, sonhos mortos
Que assombram minha alma já confusa...
Passam por mim sarcásticos duendes
E o espectro do amor já sepultado,
E assombra-me a esperança revelada em
Defuntos que o meu peito já não sente...
Perdi pelos caminhos muitos sonhos
E a plástica morrera de uma flor,
E apenas em lembranças me componho...
Das mortes mais funestas que eu tive
Tortura-me o fantasma de um amor.
E apenas da libido sobrevivo.