O lacrimar das gentes.
Oh musa negra que olha para mim,
Não és a mais jovem e bela
Mulher ou serafim,
Mas exaltas a dor soberba
Do povo que veio escravo
E que ficou na liberdade...
Quero ressaltar-te qual servo
Diz do seu senhor a vaidade...
A lembrança do açoite,
A lembrança das correntes
E a lembrança da triste noite.
Eis que clareou o dia ardente
De liberdade e esse passado foi-te
Não mais que o lacrimar das gentes.