O lacrimar das gentes.

Oh musa negra que olha para mim,

Não és a mais jovem e bela

Mulher ou serafim,

Mas exaltas a dor soberba

Do povo que veio escravo

E que ficou na liberdade...

Quero ressaltar-te qual servo

Diz do seu senhor a vaidade...

A lembrança do açoite,

A lembrança das correntes

E a lembrança da triste noite.

Eis que clareou o dia ardente

De liberdade e esse passado foi-te

Não mais que o lacrimar das gentes.

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 18/08/2012
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