De que lado?

O medo de perder-te, feia donzela,

É o mesmo que sinto pela melancolia,

Não deixo de olhar para ela:

A bela que passa de dia.

Ouça, triste donzela, não quero

Que entres em desespero,

Sei que este não é um soneto mero,

Pois fiz para ti com esmero.

Uma prostituta não é melhor do que tu,

Mas a bela donzela que passa de noite:

Esta eu amo, como o céu é azul.

Quando o céu fica vermelho, chega a morte

Ou a vida e fico um caco

Ou feliz, se eu tiver sorte.

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 17/08/2012
Código do texto: T3835534
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