De que lado?
O medo de perder-te, feia donzela,
É o mesmo que sinto pela melancolia,
Não deixo de olhar para ela:
A bela que passa de dia.
Ouça, triste donzela, não quero
Que entres em desespero,
Sei que este não é um soneto mero,
Pois fiz para ti com esmero.
Uma prostituta não é melhor do que tu,
Mas a bela donzela que passa de noite:
Esta eu amo, como o céu é azul.
Quando o céu fica vermelho, chega a morte
Ou a vida e fico um caco
Ou feliz, se eu tiver sorte.