Bravata
Eu descobri que em mim não bate o pulso
e revelei que o mal é parte sacra,
que em cada democrata há um olho russo
e em cada dedo russo um democrata.
Mas se consomem, ambos, na bravata,
nesse instinto animalesco, nesse impulso,
não distinguem a coleira da gravata
nem distinguem um sorriso de um soluço.
E o mundo cambaleia ante a farsa
desses polos que promovem a desgraça,
que fornecem subsídios para a dor.
Bem mais insano é saber que vendem paz,
mas vendem armas, vendem homens e tem mais:
pregam sempre tudo isso por "amor".