MINHA AMADA E O AMOR
E fechas no teu peito a ingrata porta,
E vendo o meu amor triste bater...
Pobre amor que lamenta sem saber
Que as suas esperanças estão mortas.
Pobre amor, onde buscas teus encantos?
Ao mundo tu mendigas a sofrer...
Que fome há em ti? Posso dizer
Que empresto os olhos meu para o teu pranto...
Tu levas o meu corpo como flores...
Tudo que tenho é teu, tudo te empresto...
Que flor tu ofereces aos amores?
E ela, volto a ela... Eu não presto?
Não hás de desfrutar das minhas dores...
Se negas meu amor, eu não protesto.