FOME E SEDE
Odir Milanez
Estou só, sinto sede, tenho fome.
Sou um ser no limite do desfeito.
O que restou do nada, aos poucos some
dos sonhos, que ajustar não tem mais jeito.
Meu derradeiro amor - nem lembro o nome,
sequer deixou de musa algum conceito.
Agora que se foi, não há quem tome
conta dos versos presos no meu peito!
Versos que fui compondo caso a caso,
nos balanços da cama, de uma rede,
em mar tempestuoso, em rio raso...
Ó deidade do amor, ouvi-me, vede
um poeta perdido! No parnaso
estou só, sinto fome, tenho sede!
JPessoa/PB
10.08.2012
oklima
Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...
Odir Milanez
Estou só, sinto sede, tenho fome.
Sou um ser no limite do desfeito.
O que restou do nada, aos poucos some
dos sonhos, que ajustar não tem mais jeito.
Meu derradeiro amor - nem lembro o nome,
sequer deixou de musa algum conceito.
Agora que se foi, não há quem tome
conta dos versos presos no meu peito!
Versos que fui compondo caso a caso,
nos balanços da cama, de uma rede,
em mar tempestuoso, em rio raso...
Ó deidade do amor, ouvi-me, vede
um poeta perdido! No parnaso
estou só, sinto fome, tenho sede!
JPessoa/PB
10.08.2012
oklima
Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...