A vitória do poeta.
A luta parecia tremenda quando o herói,
Empunhando a lança, lançou o demônio ao fogo
E berrou o grito de vitória que corrói
O mal e o medo que, como todos, trago.
Não foram lágrimas de tristeza que as donzelas soltaram
À chegada do herói que, retirando o elmo, riu de alegria:
Era a chegada de uma nova era, em que os que partiram
Retornariam em silêncio prestes a desabarem à contagia.
Não, não quero mais viver sem esse sentimento de cólera
E sem a força para vencer o monstro que me atrapalha
E que destrói os corações das moças com medo da fera.
Sim, quero o sentimento de ventura que o vencedor espalha,
Quando, retornando da batalha, encontra o povo à sua espera,
Pronto para dizer mais uma vez a palavra de vitória que a estátua entalha.