VIVENDO

Medo da morte é que me faz seguir em frente

Se ela me quer, já decidi, vou dar trabalho...

Rodando em círculo e até num atrapalho

Vou mesmo assim, não vou dar mole à insolente...

Dou xeque-mate ao disparate do seu colo

Sem um consolo eu faço guerra ao seu mimalho

Fujo das garras do seu braço em agasalho

Quero a ilusão que me liberte do seu dolo...

Queria o vinho bem feliz da eternidade

Viver pra sempre, mas mudei meu pensamento...

Odeio o tédio e sem remédio abraço a lente

Que de repente tudo seja na verdade;

Uma mudança de estação, noutro momento

E em outro prisma a vida ocorra novamente...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 13/08/2012
Reeditado em 14/08/2012
Código do texto: T3829041
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.