VIVENDO
Medo da morte é que me faz seguir em frente
Se ela me quer, já decidi, vou dar trabalho...
Rodando em círculo e até num atrapalho
Vou mesmo assim, não vou dar mole à insolente...
Dou xeque-mate ao disparate do seu colo
Sem um consolo eu faço guerra ao seu mimalho
Fujo das garras do seu braço em agasalho
Quero a ilusão que me liberte do seu dolo...
Queria o vinho bem feliz da eternidade
Viver pra sempre, mas mudei meu pensamento...
Odeio o tédio e sem remédio abraço a lente
Que de repente tudo seja na verdade;
Uma mudança de estação, noutro momento
E em outro prisma a vida ocorra novamente...