Pax Tecum
E quando o Honório abrir o seu portão
Numa manhã lutífera e gelada,
Indo-se ao longe uma urna acalentada
Pela cadência de uma procissão...
De súbito hão de ouvir com aflição,
— Das cordas de uma lira espedaçada —
Os lúgubres acordes da balada,
De uma sensacional composição.
Dos cinamomos pelas negras ruas,
As folhas a tombarem frias, nuas,
Cobrindo a estrada em lágrimas repleta...
E alguém que passa e assisti a toda cena,
Há de dizer com lástima, com pena:
— Lá se vai o cadáver de um poeta!
25 de Junho de 2012
*Versos Decassílabos.