Ambígua
Edir Pina de Barros
Eu trago em mim um pouco do arrebol
ensanguentando a tarde amortalhada,
da nostalgia e paz disseminada
nesse momento em que desmaia o sol;
eu trago em mim cantar de rouxinol
que canta por cantar (e por mais nada),
o alegre pipilar da passarada
na altiva cumeeira do paiol.
Eu trago em mim os tons do gris Agosto,
do leito do riacho seco e exposto,
do fogo que se espalha vorazmente.
Eu sou assim, um misto de alegria
e de tristeza; paz, melancolia:
na força da vazante eu sou enchente.
Brasília, 11 de Agosto de 2012.
Livro: Poesia das Águas, pg. 101
Edir Pina de Barros
Eu trago em mim um pouco do arrebol
ensanguentando a tarde amortalhada,
da nostalgia e paz disseminada
nesse momento em que desmaia o sol;
eu trago em mim cantar de rouxinol
que canta por cantar (e por mais nada),
o alegre pipilar da passarada
na altiva cumeeira do paiol.
Eu trago em mim os tons do gris Agosto,
do leito do riacho seco e exposto,
do fogo que se espalha vorazmente.
Eu sou assim, um misto de alegria
e de tristeza; paz, melancolia:
na força da vazante eu sou enchente.
Brasília, 11 de Agosto de 2012.
Livro: Poesia das Águas, pg. 101