OBRA-PRIMA
Debruço meu olhar em nu papel
Tento versar teu nome por amor
As letras se misturam com a dor
Que no meu peito amarga como fel.
Não há como esquecer sabor de mel,
Do romance entre nós, abrasador,
Que deixou só saudade e dissabor,
Quando me abandonaste, aqui, ao léu.
As minhas mãos tremulam, nada sai;
Apenas uns rabiscos tão sem rima,
Pois ouço a tua voz que me distrai.
Se tu não mais me ama, não me estimas,
Saibas; meu coração jamais te trai,
Por ti o meu rascunho é obra-prima.
GRATO, BELÍSSIMAS INTERAÇÕES:
CONFISSÃO!
Eu deito, nesta folha antes em branco,
tanto quanto amassada e amarela.
Esqueço-me da dor que me flagela,
morro por este teu sorriso franco!
O pranto em meu peito eu estanco,
conquanto minha alma se esfacela.
Eu sigo meu caminho com cautela,
nas artimanhas de um saltimbanco!
Ressalto, às entrelinhas de um poema,
a sensibilidade e a voz extrema,
que falar desse amor, nada me custa!
De teu abraço, prescindir não posso,
recolho de meu coração, destroços,
pois esta tua ausência me assusta!
(Milla Pereira)
Um único verso...
Meus olhos se derramam na brancura
Da folha onde, com sofreguidão,
Tento escrever versos do coração,
Mas a dor me dita versos de tristura.
Entre os escombros, não consigo ver
Nossos momentos tórridos de amor,
Veda-me o olho a angústia do dissabor,
Sega-me o peito a tristeza de te perder.
Insisto, mas é trêmula a minha mão,
O meu verso nasce pouco e tristonho,
E tua voz ecoa etérea, como em sonho...
...E tu, que não me levaste no coração,
Saibas que seguirei nesse embate bisonho,
Até escrever-te, nem que um, verso risonho...
(Aleki Zalex)
Meus olhos se derramam na brancura
Da folha onde, com sofreguidão,
Tento escrever versos do coração,
Mas a dor me dita versos de tristura.
Entre os escombros, não consigo ver
Nossos momentos tórridos de amor,
Veda-me o olho a angústia do dissabor,
Sega-me o peito a tristeza de te perder.
Insisto, mas é trêmula a minha mão,
O meu verso nasce pouco e tristonho,
E tua voz ecoa etérea, como em sonho...
...E tu, que não me levaste no coração,
Saibas que seguirei nesse embate bisonho,
Até escrever-te, nem que um, verso risonho...
(Aleki Zalex)