SENDA SOMBRIA
"Agora sei que a minha estrada é essa:
difícil de subir, áspera e dura..."
(Fernanda de Castro)
Pela senda sombria da existência,
A vagar ando… triste e abandonada,
Perdida como ovelha desgarrada,
Que espera do pastor sua clemência!
Pela senda sombria da existência,
Sigo aflita na "senda amortalhada",
Perdida no tormento… extenuada,
Num passo delirante… em sonolência!
Mas, ai! tão longe ainda no caminho
Tenebroso, assombroso, de espinhos...
A trilha é devastada e ferina!
Por onde venho, há muito caminhando,
Neste caminho… só, eu vou penando,
Nesta senda sombria e mofina!