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CIDADE GRANDE

 


Aqui, a vida tem que andar nos trilhos.
Um frege louco tem que alçar-se às ruas.
À toa, as mães já nem se dão aos filhos.
Sem vida, as praças d’árvores são nuas.
 
 

Demais, tão tristes, fatos degradantes.
Playboys, sem tino, todos no abandono.
No asfalto, as limusines são constantes.
E, vez em quando, bronca vem da ONU.
 
 

Deveras aos seus rumos pouco atentas,
as massas seguem mudas, pelas praças,
meros espectros, peças modorrentas.
 

 
Aqui, cidade grande e nada humana,
é berço em que meninos vão às traças
e os pais mais bebem porres, na semana.
 

Fort., 09/08/2012.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 09/08/2012
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