Rio Ceroula
 
Contemplo, quedo e só, tua grandeza
e a de tudo que te envolve e abraça...
E como é bom sentir-te a gente lassa
no seio virginal da natureza.
 
Os teus contornos caprichosos, fito!
E, enquanto rolas, coleante e manso,
Buscando o mar distante, o infinito,
No chão eu fico, nem um passo avanço.
 
Segue a cumprir o teu destino errante,
rumando ao mar, ao vasto mar distante,
no eternizar do companheiro abraço.
 
Eu ficarei aqui, na dura argila,
longe dos cantos e da clorofila,
sentindo o coração feito em pedaços!
 
Brasília (DF), fevereiro de 2012. 

Antonio Lycério Pompeo de Barros
Enviado por Antonio Lycério Pompeo de Barros em 09/08/2012
Código do texto: T3821268
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