Noturno
Íntimo que transpassa, como o vento
acalma a procela e surge a bela Lua,
Filial arisca do ocaso que flutua,
Não entendo este meu tormento...
Num hino ébrio distante infiel e lento
Moldado no desespero e se insinua,
Neste pobre coração que tumultua,
Sinto a dor sútil do esquecimento...
Não confio ao sonho que já é real
Um impulso da treva, rompendo a luz,
Buscando entre rufiões, o vil e irreal.
Quero não ver o mal ser tão desleal
A doença iníqua que me conduz
Ao capricho da Noite aberto e anormal.
Herr Doktor