Noturno

Íntimo que transpassa, como o vento

acalma a procela e surge a bela Lua,

Filial arisca do ocaso que flutua,

Não entendo este meu tormento...

Num hino ébrio distante infiel e lento

Moldado no desespero e se insinua,

Neste pobre coração que tumultua,

Sinto a dor sútil do esquecimento...

Não confio ao sonho que já é real

Um impulso da treva, rompendo a luz,

Buscando entre rufiões, o vil e irreal.

Quero não ver o mal ser tão desleal

A doença iníqua que me conduz

Ao capricho da Noite aberto e anormal.

Herr Doktor

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 15/02/2007
Reeditado em 26/09/2008
Código do texto: T382052
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.