Apocalypse
Sobejo um tempo em esperança inglória,
Somos quem somos e sabemos disso.
Há o nosso espaço dentro dessa História,
Lavrado um termo e expresso um compromisso.
Contraditórios, só humanos seres,
Por vezes tristes mais do que o suposto,
Ao vermos nulos os nossos quereres.
Matando a fome sem sentir o gosto,
Saciando a sede co’a garganta seca;
Ouvimos, surdos, e enxergamos, cegos.
Tributo pago até por quem não peca,
Mas faz sangrar os mal feridos egos.
Almas em busca do perdão de um deus,
Para os pecados que sequer são seus.