Cara metade.

O soneto é a cara de quem faz

Às vezes trás um alento ao desafio

Belo ou feio é sufoco e também paz

A quem faz um velejar pelo seu rio.

Crio versos amarrados dando voltas;

Tortas, certas, ó minha cara de poeta!

Tanta flecha em meu peito, pouco importa

Se a dor aperta. A mente abre a porta...

Está fluindo o soneto, alto e baixo,

Há um capacho onde deito os seus sonhos

Tristonhos, risonhos, levam luz no facho

E despacho poemas nunca bisonhos.

Se o soneto é o espelho de quem faz;

Meu espelho já não me reflete mais...

Josérobertodecastropalácio

(Teimoso na poesia, entretanto um aprendiz entre tantos poetas).

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 08/08/2012
Reeditado em 21/10/2013
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