ASSIM PREDESTINADO

Encosta tua cabeça sobre espádua

Rende-te, pois tua alma tua penúria,

Resta-te nada, lança fora a mágoa,

E, sobre ossos duros a lamúria.

Fez-se nobre também foi açoitado

Pois que hostil teu mundo escravo vil

Conquanto que decrépito um ousado

Portanto a tua calma alguém viu.

Assim segue ledo sem esquivança

Pois a aurora um dia renascer

Resplandecer em ti a esperança.

Adentra pela mata e sai de manso

Olha pro céu agradece e vai embora

Até que te liberte, teu descanso.

fcemourao
Enviado por fcemourao em 08/08/2012
Reeditado em 04/02/2015
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